O capim-paiaguás é mais uma excelente opção para a diversificação de pastagens em solos de média fertilidade nos Cerrados. Foi selecionada com base na produtividade e vigor. Mostrou ter elevado potencial de produção animal no período seco, com alto teor de folhas e bom valor nutritivo.
A grande vantagem da BRS Paiaguás é durante o período seco, quando apresenta maior acúmulo de forragem de melhor valor nutritivo, resultando em maiores ganhos de peso por animal e por área. Na média de três anos produziu em ganho de peso vivo por área 45 kg/ha/ano a mais que o capim-BRS piatã usado como testemunha.
Os pastos da BRS Paiaguás apresentaram bom controle de invasoras sob pastejo mais intensivo. Na integração lavoura-pecuária é de fácil utilização com milho safrinha, para produção de forragem de outono-inverno e/ou de palhada para plantio direto. Sua dessecação requer baixas doses de glifosato.
Resistência a pragas e doenças
A BRS Paiaguás sofre dano moderado sob a cigarrinha Notozulia entreriana. Nesse caso a BRS Paiaguás mostrou-se menos tolerante que a cultivar Marandu.
Florescimento
Mês de janeiro.
Calagem e adubação
A BRS Paiaguás é semelhante às demais cultivares de Brachiaria brizantha, sendo recomendada para uso em solos de fertilidade média. Sua implantação exige saturação por bases (V%) entre 35%-40%. Na fase de manutenção, a reposição de Ca e Mg, por meio de cmol/dm³ e quando os de magnésio forem inferiores a 0,5 cmol/dm³.
Essa cultivar mostrou-se bastante responsiva a níveis de P no solo entre 3 a 5 mg/dm³ (Mehlich-1) em solos com teores de argila entre 35%-60%.
Semeadura da pastagem
Quando em plantios convencionais os corretivos devem ser devidamente incorporados por aração e gradagens de forma a também proporcionar um bom leito para semeadura da forrageira. A BRS Paiaguás deve ser semeada no início do período das chuvas, desde meados de outubro até o final de fevereiro, com taxas de semeadura 3,5 a 5,0 kg/ha de sementes puras viáveis. Taxas de semeadura mais elevadas devem ser usadas em condições desfavoráveis de preparo do solo e clima. A profundidade de semeadura deve ser 3 a 6 cm, obtidas com a incorporação das sementes com grade niveladora, ou com semeadoras reguladas adequadamente. Também pode ser estabelecida em sistemas de plantio direto. Em média, existem180 mil sementes em 1 (um) kg de sementes puras da cultivar.
Produtividade e manejo de pastagem
A cv. BRS Paiaguás destacou-se pelo maior acúmulo de forragem e maior disponibilidade de folhas, durante o período seco em estudos comparativos com a cv. BRS Piatã durante três anos completos (águas e seca) de pastejo no Bioma Cerrados.
O maior acúmulo de forragem e maior valor nutritivo da forragem nos pastos de BRS Paiaguás resultaram em maior ganho de peso por animal e maior taxa de lotação durante o período seco (Tabela 1), e com isso maior produtividade por ano.
Para obter os desempenhos citados na Tabela 1, com sua máxima produção de carne por área, os pastos de capim-paiaguás devem ser manejados de modo a manter o pastejo a 30 cm de altura.
Pontos Fortes
Maior produção de folhas na seca;
Maior ganho de peso na seca;
Fácil manejo de pastagem;
Ideal para produção de feno de qualidade na seca;
Recomendada para integração pecuária, lavoura e floresta;
Boa cobertura de solo (não faz touceiras);
Facilidade de dessecação (similar a Brachiaria Ruziziensis);
Economia de sementes no plantio (3 a 4 kg de sementes puras e viáveis).
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