Descrição:

A Tupi é uma planta estolonífera e desenvolve-se formando touceiras (crescimento cespitoso-estolonífero). Emite estolões mais longos e em maior densidade do que as outras Brachiária humidícola. Tem porte mediano, atingindo uma altura vegetativa de 50 a 75 cm. Apresenta perfilhamento mais intenso e denso e lâminas foliares mais longas e estreitas do que a humidícola comum. Seus rizomas (caules subterrâneos) são curtos e a bainha das folhas é estriada, com pilosidades claras chamada de tricomas. Isso a diferencia da humidícola comum, que não apresenta pelos.

Outras características das flores que distinguem esse cultivar são: anteras amarelas (parte da flor que armazena o pólen), diferente das roxas na comum e Llanero; estigma (órgão que se recebe o pólen) vermelho-escuro enquanto na CV. Llanero é branco com as pontas roxas e na humidícola comum varia entre roxo e preto. A visível pilosidade das espiguetas da CV BRS Tupi a diferencia das outras duas cultivares.

 


Vantagens:

 

A BRS Tupi é uma excelente opção para a diversificação de pastagens para solos de baixa a média fertilidade e sujeitos ao alagamento temporário. Na avaliação agronômica, sob cortes, a BRS Tupi destacou-se por sua produtividade, vigor, rapidez de estabelecimento e boa distribuição da produção ao longo do ano comparada à humidícola comum.

Nas avaliações sob pastejo nos biomas Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica, apresentou taxa de lotação e produtividade animais iguais ou superiores à B. humidícola, especialmente no período seco. Produz forragem com estrutura mais favoráveis ao pastejo, principalmente pela maior participação de folhas na massa total disponível e maior relação folha/ como durante o período seco, quando comparada à humidícola comum.

Os pastos estabelecidos da BRS Tupi apresentam melhor controle de invasoras dado ao seu crescimento estolonífero muito vigoroso. Consorcia muito bem com a leguminosa Arachis pintoi (amendoim forrageiro), especialmente na Amazônia.

 

 

 


Resistência a pragas e doenças:

 

A BRS Tupi foi avaliada quanto à resistência às cigarrinhas-das-pastagens Notozulia entreriana e Deois flavopicta e verificou-se consistentemente, altos níveis de sobrevivência do inseto e curtos períodos ninfais, caracterizando-o como boa hospedeira do isento, tal qual a humidícola comum. No entanto, em condições de campo nos Cerrados, mostrou não sofrer danos apesar de alto número de insetos presentes. Já no Acre, a BRS Tupi apresentou danos moderados durante uma infestação severa por essas duas espécies de cigarrinhas. Por conta do seu hábito de crescimento vigoroso condicionando um acamamento, favoreceu a uma maior multiplicação das cigarrinhas do que na humidícola comum.

A BRS Tupi mostrou-se resistente às cigarrinhas, por tolerância, revelando-se melhor planta hospedeira que a comum. No entanto, comparando-se ambas quanto ao nível de resistência por tolerância, a BRS Tupi mostrou-se mais resistente.

 


Calagem e adubação:

 

A BRS Tupi possui exigência de fertilidade do solo similar à humidícola comum. Saturação por bases no solo variando entre 35-40% e teores de P e K no extrator de Mehlich-1 entre 3 a 9, e 50 e 60 mg/dm, respectivamente na camada de 0 a 20 cm de profundidade, são os indicados para um bom estabelecimento. A BRS Tupi, porém, reponde melhor às adubações de manutenção. Sua produtividade, sob pastejo e com adubação de manutenção, mostrou-se superior à comum em Larossolo Vermelho distrífico em Campo Grande – MS.

 


Semeadura:

 

A cultivar BRS Tupi deve ser semeada durante o período de chuvas, de outubro a fevereiro, com 4-5 Kg/ha de sementes puras viáveis (400-500 pontos de VC/ha, na profundidade de 3 a 5 cm.

 


Produtividade:

 

A BRS Tupi é de florescimento mais precoce (primavera/verão), mas com a produtividade de semente à humidícola comum. Em três anos de avaliação no bioma Cerrado, apresentou produtividade animal 15% superior em relação à humidícola comum, principalmente pelo melhor desempenho individual durante a seca e maior taxa de lotação nas águas.

No bioma Amazônia a BRS Tupi, sob lotação contínua, apresentou maior massa seca de folhas durante as estações secas e menor massa seca de colmos durante as estações chuvosas, resultado em maior relação folha/colmo durante todo o período seco proporcionando produtividade animal semelhante em relação à humidícola comum, em dois anos de avaliação.

Este material também foi avaliado por dois anos no bioma Mata Atlântica, onde foi comparado com as cultivares Comum e Llanero. Foi observado que no primeiro ano de avaliação a cultivar Llaneiro. Foi observado que no primeiro ano de avaliação a cultivar Llaneiro se mostrou mais produtiva que a BRS Tupi e a Humidícola comum, porém o desempenho das mesmas foi semelhante no segundo ano.

 

A tabela a seguir apresenta os resultados da avaliação sob pastejo por três anos de avaliação em Campo Grande- MS e por dois anos em Rio Branco-Acre:

 

 

 

 

Cultivar De Brachiária Humidícola

 

Comum

Tupi

Secas

Águas

Secas

Águas

Bioma Cerrado

 

Taxa de lotação (animais de 250 Kg/ha)

 

1,6

3,0

1,7

3,6

Ganho de peso (g/animal/dia)

 

219

413

285

399

Produtividade animal (kg PV/ha)

 

62

258

80

302

 

 

Bioma Amazônia

Taxa de lotação (animais de 250 Kg/ha)

 

1,7

3,6

1,7

3,4

Ganho de peso (g/animal/dia)

 

368

531

433

477

Produtividade animal (kg PV/ha)

 

120

405

134

369

                   

 

 


Manejo da pastagem:

A BRS Tupi tem tendência a se acamar quando manejada com taxa de lotação baixa, pois cresce rapidamente, florescendo precocemente. Um pastejo mais intenso na primavera pode evitar o problema, facilitando o manejo durante o período das águas. A BRS Tupi quando manejada a 10 cm, sob manejo intenso em pastejo contínuo, apresentou produtividade superior (175 kg/ha) quando comparada com a humidícola com (45 Kg/ha), durante o período da chuvas.


Alternativas de uso:

Esta forrageira é uma opção para diversificação de pastagens, nos biomas Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica, diminuindo o risco eventual de pragas e doenças. Representa, também, uma alternativa para a formação de pastagens por sementes nas áreas úmidas sujeitas a alagamentos temporários.






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